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domingo, 4 de dezembro de 2011

Principais Conceitos - Unidades 01

A construção histórica da idéia de raça

    O capítulo retrata como se deu a origem de vários temas polêmicos ainda descritos na sociedade atual, assim destacando para o surgimento do racismo e a importância do entendimento sobre como raça é um conceito carregado de ideologia e que esconde uma relação de poder e de denominação.
   A explicação para o racismo atual pode ser entendido por intermédio da sobrevivência e persistência de idéias do homem sobre os animais e estabelece critérios de humanidade a partir da racionalidade e não da presença de alma. A partir das diversidades de aparência e de clima explica-se a diferença de povos. A escravidão era uma instituição largamente conhecida e praticada na história. Ainda assim nas concepções bíblicas de superioridade racial, bem como a disputa entre poligenismo e monogenismo, que tinha sua fonte inicial no debate sobre as escrituras, orientariam sobre a origem das raças até o final do século XIX.
    A origem da humanidade se deu a partir de vários lugares de forma independente dando origens a várias espécies humanas. A miscigenação ajudou na construção de raça e na combinação de elementos trazidos por cada raça a partir de cruzamentos entre elas, seja uma linha de cor binária ou por intermédio das muitas variações de cor, origem, raças, gêneros etc.
    A busca de origens e uma forma de legitimizar uma nação, o étnico enquanto origem comum de um povo se confunde com o racial, no sentido de perceber a origem como uma ‘’natureza’’ da nação.
     A teoria Dawinismo, busca explicar o desenvolvimento das espécies por meio da seleção natural, da herança genética e da adaptação ao meio ambiente, assim as espécies predominantes deixavam mais descendentes, e defendiam a idéia de que o progresso humano tem como a hierarquia racial, sem misturas assim permitindo a integração de um grande sistema de pensamentos prevalecentes no século XIX.
      No século XX o conceito de raça como forma de explicar as diferenças entre pessoas e grupos humanos foi sendo esvaziado na comunidade antropológica em prol de outro conceito que a partir daí ganhou importância crescente que é a cultura. Assim através do percurso histórico sobre as noções de raça pode se concluir que sem os processos históricos ocorrido em várias décadas e países não poderia se ter um ponto fixo sobre a teoria racial e que a discussão da história é fundamental , porque está relacionada com a reflexão sobre as mudanças culturais . O grupo étnico passou a ser definido como fruto de um processo classificatório e relacional, por meio do qual um grupo social se distingue de outros a partir de traços historicamente construídos.

Bibliografia:
Gestão de Políticas Públicas em Gênero e Raça – GPP – GeR: módulo III/ Unidade 03. Orgs. Maria Luiza Heliborn, Leila Araújo, Andreia Barreto. Rio de Janeiro; CEPESC; Brasília: Secretaria de Políticas para as Mulheres, 2010.

Direito à maternidade

A licença maternidade surgiu no Brasil em 1943, com o surgimento da Consolidação das Leis do Trabalho, a CLT. A licença era de 84 dias e tinha que ser paga pelo empregador, o que causava uma restrição considerável para as mulheres no mercado de trabalho. As décadas seguintes trouxeram um período de grandes conquistas para as mulheres em termos de liberdade e espaço profissional.
Para garantir esse movimento, a Organização Internacional do Trabalho recomendava que os custos da licença maternidade passassem a ser pagos pela Previdência Social. No Brasil, isso aconteceu a partir de 1973. Mas a mulher gestante não tinha garantia de emprego, e muitos empregadores dispensavam as grávidas, mesmo que a Previdência arcasse com a licença.
Atualmente, o salário maternidade, regulamentado pela Lei 8.213 de 24 de Julho de 1991, consiste na remuneração paga pelo Instituto Nacional do Seguro Social – INSS à segurada gestante durante seu afastamento, com o objetivo de garantir remuneração durante 120 dias de repouso da trabalhadora, proteger o trabalho da mulher e defender a instituição familiar e a maternidade. Este direito também foi entendido às mães adotivas. O objetivo é dar afeto ao adotado para que este possa se integrar à nova família que o acolhe. Entende-se que, neste caso, a criança necessita da mãe nos primeiros meses de conato.
Tramita no Senado Federal um projeto de lei que oferece à empresas brasileira a possibilidade de aderir ao sistema de concessão de seis meses corridos de licença maternidade para suas funcionárias, obtendo em troca incentivos fiscais. Os defensores da proposta argumentam que há uma contradição porque o Ministério da Saúde do Brasil estimula o aleitamento materno até os seis meses de idade do bebê, no entanto o período de licença é de apenas 04 meses. Este fato cria um conflito para as mulheres, que ficam divididas entre a necessidade de amamentarem os seus filhos até os seis meses de idade e a de retornarem ao trabalho, com receio de perderem o emprego.
O  objetivo deste projeto é estabelecer os vínculos afetivos entre a mãe e o bebê, apontados pelos médicos como essenciais para o pleno desenvolvimento da criança.
A maioria dos países assegura de várias formas, a proteção à maternidade em suas legislações. Na Argentina, a licença à gestante é de 90dias, no Paraguai e Uruguai, de 84 dias. Nos Estados Unidos, as licenças quando concedidas são de apenas 12 semanas e mesmo assim, são custeadas exclusivamente pelos empregadores.
Na comparação com países como China e Índia, o Brasil apresenta uma situação consideravelmente melhor. As chinesas têm três meses de licença sem receber salário, e para as indianas que trabalham em empresas privadas não há legislação específica - as condições da licença dependem de acordo com os empregadores. Apenas as servidoras públicas têm 135 dias de licença garantidos.

Referência Bibliográfica:
Lessa, Daniela. Evolução das Leis e Costumes sobre licença maternidade no Brasil. Disponível em <http://www.camara.gov.br/internet/radiocamara/?selecao=MAT&Materia=58053>. Acesso em 30 nov. 2011.