Pesquisar este blog

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Principais Conceitos - Unidades 01 e 02



A partir dos temas estudados, percebe-se que a questão de gênero é construída ao longo dos tempos, por diferentes sociedades.
Nas sociedades antigas, a mulher era vista como um ser humano frágil e inferior ao homem, tanto na força física como intelectual. Alem de se manter sempre obediente a este.
Na atualidade essa realidade vem se modificando, pesquisa recente comprova que as mulheres estão inseridas em maior quantidade nos espaços públicos e privados do que os homens. Porem ressalta-se que os salários destas em relação aos homens ainda continuam baixos.
A participação significativa da mulher no mercado de trabalho vem servindo para desmitificar ideologias preconceituosas que dão caráter inferior a mulher.
Desde meninas, as mulheres recebem a educação de como serem boas donas de casa, esposas e serem dedicadas no que fazem. A profissão de Assistente Social em seu surgimento era destinada apenas as mulheres religiosas e damas da sociedade que deveriam exercer seu cuidado e dedicação para com as pessoas. Ainda hoje a maioria inserida nessa profissão são mulheres.
As mulheres negras ainda sofrem mais preconceitos em relação às mulheres brancas. As diferenças biológicas atribuídas a estas são questões alimentadas culturalmente pela sociedade de longos tempos, essas ideologias precisam rompidas. As pessoas necessitam ser vistas por toda sociedade como seres humanos portadores dos mesmos direitos, e pra desconstruir essa concepção, as mulheres negras precisam ganhar os espaços tanto públicos como privados construindo ações e políticas públicas de atendimento as mulheres negras e todas as mulheres.
Percebe-se que a as diferenças de gênero são atribuídas ao corpo, ao comportamento, a forma de viver em sociedade, estão presentes ainda na organização social da vida de todas as formas, onde homem e mulher têm seus papéis preestabelecidos dentro dessa sociedade, inclusive na divisão do trabalho.
Essa divisão, fator construído ao longo do tempo pelas sociedades, trás a concepção da mulher voltada para o cuidado da casa e dos filhos, enquanto o homem está inserido no espaço público com mais freqüência e garante o sustento da família. Porem essa prática vem sofrendo transformações devido ao crescente número de mulheres no mercado de trabalho e em outros espaços da sociedade.
O movimento de mulheres representa uma das maiores forças de mobilização da sociedade. Sua relevância tem contribuído para a conquista de direitos e espaços da mulher não somente no Brasil, mas em boa parte do mundo. Tendo em vista que as diferenças de gênero e a subordinação do sexo feminino em relação ao masculino são fenômenos globais.
Nas mais diferentes sociedades e nos mais diferentes tempos prevalece à hierarquia da superioridade masculina em relação à feminina e a concentração do poder público e das riquezas coletivas nas mãos dos homens. Nessas condições, o movimento de mulheres entra em cena resistindo a todas as formas de subordinação impostas.
Dessa forma, a concepção masculina de superioridade em relação às mulheres impõe aos homens o direito de posse e várias formas de agressão contra a mulher. Portanto, a questão da violência contra a mulher deve envolver várias políticas como: saúde, educação, assistência social, entre várias outras.
            Através de vários textos lidos neste curso, observou-se que as mulheres que sofrem violência em grande parte são dependentes financeiramente dos seus companheiros, e onde este não permite a mulher a trabalhar e exercer outras atividades fora do lar. Assim, grande parte necessita de um apoio maior quando decidem denunciarem seus companheiros. Apoio esse que permita segurança a esta e a sua(s) crianças(s).
Nesse caso, os municípios de pequeno porte em sua grande maioria não contam com essa estrutura, e muito menos com delegacias especializadas de atendimento a mulher.
E é nesse processo de construção de políticas para as mulheres vitimas de Violência que o Centro de Apoio as Mulheres e crianças vítimas de violência deve ser pensado, na perspectiva de Garantir proteção, apoio e acolhimento de mães e filhos vítimas de violência doméstica, que não se pode mais viver em suas residências. Constitui-se numa ação do poder público em parceria com a sociedade civil, visando à proteção e integração dessas pessoas ao mercado de trabalho, a vida social e a família, através de programas psicossociais, de geração de emprego, renda e garantia de segurança.
Outras políticas podem ser pensadas nesta perspectiva, para garantir a equidade e forma mais justa de viver, como, por exemplo, ações direcionadas a mulher negra que em sua maioria enfrenta o preconceito da cor da pele e da baixa renda.


REFERÊNCIAS

Corpo e Comportamento. In Curso de Formação em Gestão de Políticas Públicas de Gênero e Raça. Modulo 2. Unidade 2. Texto 1. Vitória: UFES 2011.

Desigualdades Entrecruzadas: Estereótipos e hierarquias de raça, gênero e sexualidade. In Curso de Formação em Gestão de Políticas Públicas de Gênero e Raça. Modulo 2. Unidade 2. Texto 5. Vitoria: UFES 2011.

Diferença de Gênero na Organização da Vida Privada. In Curso de Formação em Gestão de Políticas Públicas de Gênero e Raça. Modulo 2. Unidade 2. Texto 4. Vitória: UFES 2011.

Diferença de Gênero na Organização da Vida Pública. In Curso de Formação em Gestão de Políticas Públicas de Gênero e Raça. Modulo 2. Unidade 2. Texto 3. Vitória: UFES 2011.

Gênero e Reprodução. In Curso de Formação em Gestão de Políticas Públicas de Gênero e Raça. Modulo 2. Unidade 2. Texto 2. Vitória: UFES 2011.















Nenhum comentário:

Postar um comentário