DESIGUALDADES RACIAIS E REALIZAÇÃO SOCIOECONÔMICA: UMA ANÁLISE DAS MUDANÇAS.
Analisa que o tema da igualdade está cada vez mais presente nas lutas políticas e nos movimentos sociais, no entanto, a realidade na qual estamos inseridos é marcada pela realidade da desigualdade, que é impulsionada e reproduzida pelo modelo capitalista. Dessa forma, o tema da desigualdade é relacionado à questão da estratificação social, ou seja, ao complexo de instituições sociais que geram desigualdades, definidos enquanto os trabalhos, as ocupações e os papéis sociais que os membros da sociedade desempenham.
O tema da desigualdade está relacionado à forma de distribuição dos recursos financeiros. Desta forma, é necessário analisar a desigualdade desligada da questão de pobreza, mas vinculá-la à questão das oportunidades e dos seus efeitos.
Esta unidade analisa ainda o tema da desigualdade através do levantamento de dados da população brasileira, demonstrando que os indicadores sociais têm assumido grande importância no estudo das desigualdades raciais ao permitirem o desenho de políticas públicas destinadas à questão da raça.
Enfatiza o papel da educação no processo de reprodução da desigualdade, destacando os efeitos da inserção tardia do Brasil na promoção de políticas públicas para a redução dos altos índices de analfabetismo. Estes índices são ainda mais ascentuados entre negros e pardos, o que ao longo dos anos contribuiu para acessos desiguais desses grupos na sociedade. No entanto, há nos últimos anos, o aumento de negros e pardos no Ensino Superior, resultado das recentes políticas de inclusão no Brasil, que desenvolvem ações como políticas de cotas e cursinhos comunitários.
Esta unidade demonstra também, o mercado de trabalho como um local privilegiado para se observar as desigualdades e, sobretudo, a transformação destas em outras desigualdades. Neste âmbito as desigualdades são expressas por meio das remunerações, dos assalariados, do desemprego, do trabalho doméstico, do acesso a ocupações mais valorizadas, dentre outras variáveis.
Traz ainda a articulação entre cor, sexo e classe, com ênfase para as condições socioeconômicas das mulheres negras na educação e no mercado de trabalho.
No âmbito educacional, as mulheres têm apresentado um desempenho melhor do que os homens. No entanto, as taxas de analfabetismo continuam maiores entre a população negra, sendo que o acesso ao nível superior é menor entre os homens negros
Bibliografia:
Gestão de Políticas Públicas em Gênero e Raça – GPP – GeR: módulo III/ Unidade 03. Orgs. Maria Luiza Heliborn, Leila Araújo, Andreia Barreto. Rio de Janeiro; CEPESC; Brasília: Secretaria de Políticas para as Mulheres, 2010.
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